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Autismo

8
  • — 12 mar, 2014

autismonobrasil
O autismo no Brasil ainda é um assunto pouco falado, envolto em mistério, preconceito e uma dose de fantasia, fruto de enredos de filmes americanos etc.

Incrível pensar que uma população de dois milhões de pessoas pode ter passado despercebida ou “escondida” durante tanto tempo…
Hoje, com o avanço dos números não é mais possível ignorá-los.

As crianças autistas estão em todas as classes sociais, em todas as raças e fazem parte de nossa sociedade.

Elas chegam aos milhares e as famílias tem o diagnóstico tardio, pela falta de profissionais capacitados para isso.

Ao saber que meu filho era diferente, que não falava, não olhava nos olhos e não correspondia ao carinho materno, tive uma longa trajetória pelos consultórios e uma resposta sempre vaga…

Logo depois fui percebendo que ele não tinha a menor noção de perigo real, chorava sem lágrimas e era hiperativo. Agia como se fosse surdo, não respondendo ao ser chamado pelo nome.

Tive que diagnosticá-lo, não houve quem fizesse isso por mim…

Caí em cima dos livros com sede de ajudar meu filho e fui estudando tudo que havia disponível em sebos e livrarias, há 19 anos
atrás.

Entendi que ele era autista, não havia sombra de dúvidas.

Logo depois foi a via crucis por tratamento adequado. Outra decepção.

Na rede pública não havia nada. Na rede particular, muito pouco e por um preço muito alto.

Ainda assim foi preciso vencer as dificuldades e ele foi submetido à terapia comportamental e homeopatia e melhorou muito.

A tristeza de ver a dor das mães que não puderam levar seus filhos para tratamento me levou a lutar por elas.

Unida com Ulisses da Costa Baptista, Eloah Antunes, Fernando Cotta e muitos outros, pais de pessoas com autismo, conseguimos criar um grande movimento no Brasil!

O resultado disso foi a lei federal, 12.764, sancionada pela presidenta Dilma em dezembro de 2012.

A Política Nacional de Proteção aos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

Essa lei é considerada hoje a Carta Magna dos Direitos do Autista Brasileiro.

Entre os principais benefícios ela traz:
O reconhecimento de que autismo é deficiência.
Direito ao diagnóstico precoce, ainda que não conclusivo.
Direito ao tratamento multidisciplinar
Direito ao acompanhamento para as famílias
Direito à matrícula na rede regular de ensino.

Obs, O gestor escolar que recusar matrícula ao aluno autista está sujeito à multa de 3 a 20 salários mínimos e perda do cargo em caso de reincidência.

Hoje a luta é pelo cumprimento da lei, pela divulgação dela uma vez que é recente e muitos pais ignoram.

Não conhecemos as causas do autismo ainda. Há muitas pesquisas em muitos lugares do mundo mas ainda não se chegou à uma conclusão.

Uma coisa é certa, o Brasil precisa se preparar para atender essa demanda e os pais tem que estar atentos aos sinais.
É preciso informar a população o quanto antes e assim que houver dúvida quanto ao desenvolvimento da criança, um médico deve ser procurado.

Quanto antes o diagnóstico acontecer, maior a chance dessa criança ter evolução e ganhos no tratamento.

Berenice Piana
Mãe de Diego 29 anos Shahla 27 anos e  Dayan, (19 anos, autista)
Empresária
Ativista no movimento em defesa do autista

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8 Comments

  1. Mel Oliver disse:
    13/02/2014 às 17:53

    Obrigada Berenice!!
    Mas uma vez representou lindamente
    a todos nós Mães & Pais de Autistas!!
    Adiante…

    Responder
  2. Sueli Guedes Dul disse:
    13/02/2014 às 18:35

    Parabens minha querida amiga Berenice Piana mais uma vez vc é a nossa Porta voz por esse imenso Brasil beijos azuis.

    Responder
  3. lucimara andreia da silva disse:
    13/02/2014 às 23:45

    obrigada berenice!!por representar nossos anjos azuis!!

    Responder
  4. andreza borges disse:
    14/02/2014 às 01:26

    pois essa lei de 2012 foi muito bom para recorrer aos beneficos que nossos filhos possa ter , pq estou desde 2010 querendo o benefico do meu filho e não consigo .estamos lutando pra esse direito.o meu filho tem 8 anos é autista estuda desde 3 anos em colegio regular ,faz terapia no apae foi o que me abraçou,pois aqui não tem nenhuma fundação somente para os autista mais hoje posso dizer que estar interagindo aos poucos com os coleguinhas olha nos olhos me dar carinho ,mas ainda não tem comunicação verbal . ” unidos venceremos com muita garra e amor “

    Responder
  5. Autismo - Fotografilhos | By Ike Levy | pesquis... disse:
    14/02/2014 às 16:37

    […] O autismo no Brasil ainda é um assunto pouco falado, envolto em mistério, preconceito e uma dose de fantasia, fruto de enredos de filmes americanos etc.  […]

    Responder
  6. Lulu Dresses disse:
    20/02/2014 às 08:28

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    Responder
  7. Vera Marisa Da Silva Oliveira disse:
    16/03/2014 às 15:02

    Bom Dia Sra. Berenice Piana estou me sentindo mais reconfortada animada depois que li sua matéria,pois tenho uma filha Larissa que é autista,ela tinha 2 anos quando eu comecei mesmo a ter certeza que ela não era normal,mas a pediatra me disse que eu estava vendo coisas,que não devia ficar comparando ela com outras crianças,pois isso só ia prejudica-la o tempo passou e ela cada vez mais dificil de lidar muito agressiva,imperativa mas inteligentíssima,ciumenta ao estremo,com 6 anos de idade foi para a escola com crianças normais e não acompanhava os outros coleguinhas nas atividades,não queria fazer nada ,comia as borrachas,lápis,rasgava os cadernos etc…Mas muito querida por todos pois era muito alegre e simpática,mas 2 meses depois a professora dela me chamou e disse que ela tinha problemas e que eu teria que levar ela na APAE pois ela teria que estudar em classe especial,levei ela e aí me encaminharam para uma escola com classe especial,ficou 6 anos la mas tive que tirar ela de la pois ficou pior não me respeitava,dizia palavrões,batia em mim e nos irmãos dela,viviamos num clima de terror dentro de casa e a professora dela achando normal isso,pedi ajuda novamente na APAE mas eles não ficaram muito tempo com ela pois era muito agressiva com as outras crianças,mais uma vez fiquei com ela em casa sem nenhuma atividade levava cada 2 meses na Psicóloga do Posto de Saúde mas ela sempre agressiva ao ponto de ter que internar no Hospital Santa Casa e colocaram ela junto aos que são usuários de drogas pois não tinham outro lugar pra por,só aí foi que o Psiquiatra Dr,Ronei diagnosticou que ela era AUTISTA e começou a tratar ela e graças a Deus esta mais tranquila,ele disse que ela ficou agressiva devido ter entrado na puberdade,mas vai começar agora em abril depois que fizer 18 anos a ter atividades no CAPS pois não temos em Uruguaiana um lugar para pessoas assim como ela, entrei a 3 anos atras com pedido de ajuda do governo para ela receber um beneficio,mas o Governo Federal negou pois sou pensionista Militar e ganho mais de um salário…Essa é um resumo da minha história com minha amada filha Autista Larissa que é muito carinhosa e simpática por natureza

    Responder
  8. eebest8 fiverr disse:
    14/12/2014 às 20:15

    Muchos Gracias for your post.Really looking forward to read more. Really Great.

    Responder

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      Ike Levy, iniciou sua carreira em 1998 no Estados Unidos. De volta ao Brasil, produziu dez exposições fotográficas além de editoriais de moda, capas de cd's, dvd's e livros. Hoje, dedica-se a produção de sua próxima exposição: "Músicos e suas bicicletas" e fotografa famílias sob uma visão artística. facebook.com/ikelevy - ikelevy.com.br - Instagram: @ikelevy

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