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Pais e filhos: uma relação possível. Por: Elaine Vasconcelos

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  • — 25 mai, 2017

Quando nasce uma criança nasce também uma mãe e um pai, já diz o ditado. Penso que seja exatamente isso que aconteça. Somos seres humanos que nos tornamos pais ou mães e temos a possibilidade de escolher que tipo de pais seremos. Podemos ser  agressivos, passivos ou firmes e amáveis.

Pode ser que você esteja se perguntando nesse exato momento que tipo de pai é ou até mesmo tentando se encaixar em algum dos tipos mencionados acima. O fato é que isso não é tão simples assim, pois além da intencionalidade de nossas ações tem sempre a reciprocidade dos nossos filhos.

Vejamos um pouco das características de cada um deles. Os pais agressivos são aqueles que conseguem resultados baseados no medo e em ameaças. Por favor, não confundam, agressivos com aqueles que espancam os filhos. É possível sermos agressivos com palavras. São pais que em busca de conseguirem determinado comportamento dos filhos falam: “Se você não fizer isso…” e sabemos das infinitas possibilidades de completar essa frase. A consequência desse tipo de relação é que as crianças se tornam rebeldes e desafiadoras.

Já os pais passivos fazem concessões por um determinado tempo, porém explodem de repente, de tal modo que a situação toda perde o controle. Costumam se comportar de acordo com seu humor. Consequentemente, as crianças se tornam inseguras, sem percepção clara de seus próprios limites, tampouco os de seus pais.

E os pais firmes e amáveis?

Eles costumam olhar para seus filhos e dar as ordens com clareza, e mesmo quando não são atendidos, não se exaltam. Eles respiram e repetem a ordem dada. Muitas vezes, é preciso investir tempo diante da situação, porém esse tempo investido, certamente será recompensado. Quando falo em investir tempo, não digo dar um grande sermão. Acreditem, eles são pouco eficazes. A firmeza e a doçura quando bem combinadas, são altamente eficazes. Na medida em que conseguimos dar uma ordem com clareza, sem insultos, ameaças ou gritos, o respeito é estabelecido na relação, o que se configura como uma grande lição, afinal, durante toda a nossa vida precisaremos lidar com limites, contudo, respeitando regras sociais.

Refletir sobre a função de ser pai e mãe é demasiadamente importante especialmente nos dias atuais, uma vez que as relações estão cada vez mais superficiais, instantâneas e virtuais. De modo geral, tentamos resolver as coisas através de um email ou whatsapp por exemplo, ou se alimentando em um fast-food.

Os pais precisam ser os mediadores do mundo para seus filhos, no entanto, é possível perceber que muitos têm se ausentado desse papel. Logo, a relação perde a qualidade que deveria ter e passa também a ser superficial, situação esta, muito danosa para uma criança, pois a forma de comunicação com nossos filhos irá determinar o vínculo que vai se estabelecendo entre ambos.

Quando fazemos algo pela primeira vez não somos ainda tão habilidosos. Por exemplo, quem nunca aprendeu a fazer algo novo? Lembram-se do dia em que aprenderam a dirigir? Foi tão fácil assim? Provavelmente o carro morreu, alguma marcha foi passada errada ou algo do tipo. E se a pessoa que estivesse te ensinando, gritasse com você e dissesse: “Meu Deus do céu!! Você não aprende mesmo!!” ou o clássico: “Quantas vezes vou ter que te falar? Já falei 10000 de vezes!” Ou ainda, começasse calmamente a explicar a você, como você deveria fazer…

Certamente não gostaríamos de ser tratados assim. Muito provavelmente gostaríamos de ser acolhidos e ajudados, e não criticados ou tratados como incapazes. Para que possamos compreender e acolher os sentimentos de nossos filhos, até mesmo os mais fortes, é fundamental escutá-los com sensibilidade, escutar além das palavras. Muitas vezes rompantes de raiva querem dizer: “Socorro! Estou com medo…preciso de colo”. Precisamos ajudar nossos filhos a compreender e nomear seus sentimentos e por fim administrá-los. As crianças que se sentem compreendidas e respeitadas tem sensação de autovalor. Como será que estamos tratando nossos filhos? Será que estamos  conseguindo ouví-los com sensibilidade ou apenas avaliando-os a partir do que gostaríamos que fossem?

 

 

Elaine Vasconcelos é Psicopedagoga, Especialista em Reabilitação Cognitiva e Mestre em Psicologia da Educação.

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Tags: blogelainevasconcelosfamíliafilhos ikelevyfotografilhospaispsicopedagoga

5 Comments

  1. Mario okawara disse:
    25/05/2017 às 18:06

    Maravilhosa exposição deste tema tão discutido durante seculos. Eu como médico, tbém verifico um grande abismo entre pais e filhos nos dias de hoje, principalmente com o advento da informática onde o dialogo entre os familiares se torrnou quase inexistente. Pais não ouvem os filhos e filhos não ouvem os pais. Todos navegando alheios ao mundo que está ao seu redor. Parabéns, tbém concordo, FIRMEZA E AMOR NA DOSE CERTA PODE SER UMA BOA SOLUÇÃO. ABS
    DR. MARIO OKAWARA

    Responder
  2. Sumara disse:
    25/05/2017 às 18:21

    Meus filhos já são adultos mas até hoje continuam nos procurando, ainda bem pois me sinto realizada sabendo que eles confiam e sabem que tem nosso apoio ou não Nunca fui de passar a mao na cabeça qdo julgo que estão errados, não que meu ponto de vista seja o certo mas se pediu minha opinião eu dou agradando ou não. Muitas vezes me senti perdida mas não sei como consegui educar bem os dois, nunca tive orientação e acho ótimo hoje em dia haver profissionais para isto.

    Responder
  3. Paulo Semeghini disse:
    25/05/2017 às 19:01

    Parabéns pela matéria! Fantástico! A Elaine é uma super profissional, sou fã!

    Responder
    • Patricia Pessoa disse:
      26/05/2017 às 03:50

      Parabéns Elaine!!
      Uma matéria muito útil que ajuda a refletir!!!

      Responder
  4. Silvia Copoli Araujo disse:
    25/05/2017 às 22:29

    Parabéns! Realmente, nossa relação com os filhos é tudo. E me perguntei mesmo em que tipo de mãe me enquadro melhor…talvez um mix de todas. ;(

    Responder

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      Ike Levy, iniciou sua carreira em 1998 no Estados Unidos. De volta ao Brasil, produziu dez exposições fotográficas além de editoriais de moda, capas de cd's, dvd's e livros. Hoje, dedica-se a produção de sua próxima exposição: "Músicos e suas bicicletas" e fotografa famílias sob uma visão artística. facebook.com/ikelevy - ikelevy.com.br - Instagram: @ikelevy

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